FELIZ DIA DAS MÃES


Recados


segunda-feira, 16 de maio de 2011

FÁBULA AFRICANA

                                                   A TROMBA DO ELEFANTE





Antigamente, Ajanaku, o elefante, tinha focinho curto como todos os animais.

Não possuía a grande tromba que tem agora e que lhe é muito útil, servindo de braço e mão, além de nariz.

Quando não tinha tromba, o elefante era muito curioso e gostava de saber tudo o que acontecia na floresta.

Certo dia, encontrou um buraco entre as raízes de uma grande árvore e, curioso como era, enfiou o nariz nele para saber do que se tratava.

Acontece que aquele buraco era a entrada da casa de uma cobra muito grande que, vendo aquele nariz fuçando sua casa, abocanhou-o, tentando engolir nosso pobre Ajanaku.

Lamentando sua curiosidade, Ajanaku andava para trás, para não ser engolido pela cobra, que o puxava para dentro do buraco.

– Socorro! – gritava Ajanaku desesperado, sentindo que não ia conseguir se livrar da grande cobra.

Ouvindo seus gritos, muitos animais vieram em seu socorro e, segurando em seu rabo, puxaram com força, para livrá-lo da cobra.

Não foi fácil, mas finalmente, conseguiram salvar nosso amigo, que, de tanto puxar, teve seu nariz esticado e transformado na tromba que agora possui.

No início, Ajanaku, envergonhado de sua nova e estranha aparência, ficou escondido dentro da floresta.

Com o tempo, aprendeu a usar a tromba com muita habilidade, da forma como fazem todos os elefantes atualmente.

Satisfeito, voltou ao convívio dos outros bichos.

Um dia, o macaco, que gosta de imitar todo mundo, foi enfiar o nariz no buraco, para ver se criava uma tromba igual a do elefante. A cobra, que ainda morava no mesmo lugar, engoliu o macaco inteirinho, com muita facilidade.

É por isso que, mesmo sentindo inveja, nenhum bicho nunca mais tentou imitar o elefante para ficar com uma tromba igual a dele.

MARTINS, Adilson. O papagaio que não gostava de mentiras e outras fábulas africanas. Rio de Janeiro: Pallas, 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário